quinta-feira, 28 de maio de 2015

Na Prática 2 e 3, do Bassline à Progressão de Acordes

Aqui vão outras duas aulas, dando seguimento à produção de nossa track!

Aula 2 - Linha de Baixo


Aula 3 - Progressão de Acordes

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Na Prática 1 - Kicks e Snares a partir de samples

Dei início à primeira video-aula do Fazer música eletrônica. O professor ainda não está em plena forma, muita coisa precisa ser melhorada ainda mas o importante é ter um ponto de partida! 

Essa é a primeira aula da série Na Prática, em que eu espero montar uma track passo a passo, mostrando aspectos interessantes da produção assim, on the fly. A ideia é montar uma track puxando para o prog (progressive house/trance, algo em torno de 132bpm), para ilustrar bem a orquestração e a programação de synths. 

Nesta aula, mostro como se fazem kicks e snares a partir de samples, com a técnica chamada layering (em camadas). O resultado é um som com bastante potencial. Sejam bem-vindos!


Quaisquer sugestões, críticas, dúvidas, não deixem de postar nos comentários :) 

terça-feira, 26 de maio de 2015

Synth1, o poder do Nord Lead2 em seu computador e grátis!

Os teclados Nord são o sonho de consumo de muitos por conta de sua impressionante flexibilidade e qualidade de som. Nesse post mostro que você pode ter, grátis, todo o poder do sintetizador da marca, o Nord Lead2 (Red Synth). Acontece que o mesmo algoritmo foi recriado em VST pelo japonês Ichiro Toda e você pode usá-lo na comodidade do seu computador. 

Existem vários sintetizadores VST gratuitos de boa qualidade, mas poucos conseguem realmente competir com um comercial em termos de qualidade de som. Estamos diante de um desses. O Synth1, desenvolvido pelo japonês Ichiro Toda, modela com perfeição o Red Synth, o sintetizador do famoso teclado Nord Lead 2.

Nord Lead 2

Ele apresenta todas as características do Red Synth e mais algumas para facilitar a vida dos produtores de música eletrônica. 

  • 2 Osciladores principais + 1 Sub.
  • Síntese FM, Ring Modulation, Envelopes, Sync. 
  • 4 tipos de filtros com distorção.
  • 2 LFOs, com opção de sincronizar com o bpm da sua música no host.
  • Arpeggiator, também sincronizável.
  • Delay por tempo (sincronizável), chorus e flanger.
  • Legato e portamento
  • Polifonia de 32 notas
  • 128 presets
  • Muito leve no sistema (realmente, não consome nada de CPU). 
  • Habilitado para automação. 
Com certeza não é o synth mais bonito que você vai encontrar por aí, mas não desista só pela impressão do visual. O som realmente vale a pena!!! Veja a Demonstração: 


Baixe o sintetizador clicando aqui: http://www.geocities.jp/daichi1969/softsynth/
(Nao se assuste com o japonês do site, é só procurar o link downloads e escolher a versão correta para seu sistema: Windows/Mac, VST/AU). 



sexta-feira, 22 de maio de 2015

Tracktion 4 está sendo disponibilizado de GRAÇA!

Se você está procurando um programa faz-tudo de produção musical (de qualidade comparável aos grandes como o Cubase, o Ableton e o Logic) mas não tem dinheiro aqui vai uma dica!

A versão 4, lançada em 2013, do software Tracktion está sendo disponibilizada gratuitamente pelo site da empresa. Para baixar, basta clicar no título T4 FREE, fazer seu cadastro e baixar. A última versão do programa é a 6 e custa apenas 60 dólares. Mas dá para usar tranquilamente a versão 4, que nem é tão antiga assim.

A grande vantagem do Tracktion é que ele está disponível para Windows, Mac e Linux. Além disso, aceita os plugins VST, tem bom suporte MIDI e muitos recursos de edição de audio. Abaixo segue um passo a passo de como baixar.

1. Acesse: http://www.tracktion.com

2. Clique no título T4 FREE, como mostra a imagem: 

3. Preencha seu cadastro e clique em continue



4. Após confirmar a sua conta (pelo e-mail), você vai poder baixar o programa de graça. Escolha as opções marcadas abaixo:



5. Confira se o total diz Free e clique no lugar indicado: 



6. Curta o programa, faça um som e compartilhe com a gente!




Dúvidas, só postar nos comentários! (ou comente no Facebook em https://www.facebook.com/fazermusicaeletronica)


quinta-feira, 21 de maio de 2015

5 dicas para produzir com eficiência

Produzir música eletrônica envolve tanto o lado da composição musical como o lado técnico de engenharia de audio. A complexidade dessa tarefa pode fazer com que apareçam uma série de fantasmas quando estamos tentando fazer um som: a falta de inspiração, a falta daquele timbre que eu gostaria, a má qualidade geral do som, o ter uma ideia legal e não conseguir desenvolver mais do que algumas batidas, etc. etc. e etc. Pensando nisso, trago aqui 5 dicas de eficiência na produção que podem mandar embora vários desses fantasmas.

#1 Crie uma pasta/lista de samples e presets interessantes

Sempre que você estiver navegando entre os teus samples e presets e achar alguma coisa interessante, dê um jeito de guardar essa informação. Pode ser criando uma pasta de "Sons legais", ou fazendo uma lista em algum lugar. O importante é que ter um lugar mais objetivo onde procurar sons que possam te inspirar. 

Tente dar nomes a esses sons de funções que eles podem ter na música: "baixo ideal para dubstep", "pad para um som mais sombrio", "synth legal para harpejos", etc. 

Uma boa organização desses sons pode te livrar muito facilmente do fantasma da falta de inspiração. 

#2 Comece pelo essencial 

Cada estilo de música eletrônica tem uma característica essencial e é ela que você deve trabalhar em primeiro lugar. Veja os exemplos:

House e Techno: São estilos em que o groove é muito valorizado. Vale a pena começar a ter ideias para a música toda fazendo uma batida bem cativante e uma boa linha de baixo.

Trance e Prog: Comece pensando nos acordes e na melodia central. A idéia é que toda a música chegue no clímax, onde esses acordes e essa melodia estão sendo tocados em sua forma mais completa. 

Drum and Bass, Dubstep, etc.: Linhas de baixo. Construa linhas de baixo interessantes e molde a batida em torno delas.

Claro que você não precisa seguir a risca isso. O essencial é que você reconheça um aspecto-chave no estilo de música que você estiver produzindo. Algo por onde você possa começar tranquilo, sabendo que o resto girará em torno disso.  

#3 Planeje a estrutura da música

Uma vez que você tem a parte central da sua composição já pronta, pense em como a música pode se desenrolar a partir dela. Faça, então, a estrutura da música.

Os programas têm recursos diferentes para estruturar a música: o Ableton Live tem os locators no modo arranjo e as cenas no modo live,  o FL Studio tem os padrões, o Reason tem os blocos. Caso você não se habitue os recursos de estruturação do software que você usa, você pode usar o bom e velho papel e caneta (ou lápis, lapiseira, giz de cera...), ou mesmo um arquivo no bloco de notas. 

O importante é planejar em que momento da música diferentes elementos vão entrando ou coisas vão mudando, formando algo com começo, meio e fim. Cada estilo de música tem uma estrutura típica, mas você não precisa se prender a isso: apenas saiba, antes de começar a desenvolver cada parte da sua música, quais você deve desenvolver e onde cada uma delas deve encaixar. 

#4 Faça arranjos que tornem o som "denso"

As bandas de frequência do seu som devem ser preenchidas sabiamente e de acordo com os objetivos da sua música. Não pode ficar nada sobrando e nem faltando. 

Um bom jeito de conseguir um som denso e completo é orientar pelo espectro as melodias auxiliares, as ambiências e tudo o que não for parte do essencial da sua música. Isso é dizer: só adicione um instrumento novo (ou uma frase nova) se isso for preencher um espaço que está fazendo falta para deixar o seu som denso. Não coloque coisas que vão deixar tudo confuso. (Ver o post sobre mixagem

O prêmio para quem pensa na densidade do som na hora de produzir é uma mixagem e masterização mais simples, só precisando fazer um ajuste ou outro. Um bom jeito de acabar com o fantasma da má qualidade sonora. 

#5 Sinta-se à vontade para não cumprir nada disso

Essas dicas servem para ajudar e não para bloquear aqueles que têm um método diferente e que funciona. Você não precisa seguir nada do que te falam se você já descobriu um jeito de fazer coisas legais e que soem bem. Apenas tenha uma razão por trás das tuas escolhas e saiba onde procurar ajuda para aquilo que ainda não sabe fazer. 

Se alguém tiver outras dicas de como produzir de maneira eficiente, deixe um comentário! 


terça-feira, 19 de maio de 2015

Samples de boa qualidade e grátis!

Como eu prometi, eu ia divulgar aqui quando eu encontrasse samples bons e de graça. O site musicradar.com está disponibilizando vários (mais de 100) packs de samples de graça. São samples para todos os estilos de música, de heavy metal a trance. Vocês podem baixar a vontade e usar. A única coisa que eles pedem é para não re-distribuí-los. O link é esse:

Vocês escolhem o pack pelo slideshow da página, logo abaixo do título. Coloquei um print aqui para vocês darem uma olhada: 



Eu estou testando alguns desses packs e são muito bons, realmente. Logo mais posto um som feito com alguns desses samples! Aproveitem!


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Obtendo qualidade de som: básicos para uma boa mixagem

Um dos principais desafios ao produzir música eletrônica é o da qualidade sonora. É muito fácil que o nosso som soe amador: falta de corpo, de brilho, de definição, etc. Quero trazer nesse blog uma série de conceitos que podem ajudar quem estiver produzindo a atingir um som de qualidade profissional. Para muitos isso será novidade, para outros, algo muito óbvio mas que sempre vale a pena ser recordado. Começo por falar algumas coisas sobre mixagem. 


Estou chamando de mixagem o processo de juntar todos os canais da sua música em um único, o Master. Mixar é diferente de masterizar. Mixar envolve os efeitos, controles de volume e de timbre que vamos atribuir a cada canal para que o conjunto de todos os canais possa soar bem. Masterizar é trabalhar com o resultado da mixagem, algo que abordarei em outra oportunidade. Vamos às dicas sobre mixagem:


#1 Se a escolha dos instrumentos for ruim, a mixagem não fará milagres.

Não adianta. Os sons que você escolher para a sua música precisam ter uma função cada um. É melhor fazer uma música com poucos instrumentos, mas cada um com o seu papel muito bem definido do que lotar o seu estúdio com vários instrumentos redundantes. 

Procure que cada instrumento ocupe sua faixa no espectro de frequências do som. Escolha instrumentos que tenham uma faixa bem definida nesse espectro. Para ajudar nisso, existe essa famosa tabela para referência:


Leve em conta, também, que cada nota que o instrumento toca vai ocupar um pedaço diferente do espectro. Tenha isso em conta na hora de compor o que cada instrumento vai tocar: não adianta nada ter instrumentos com faixas potencialmente diferentes que tocam suas frases nas mesmas frequências. 

#2 Capriche na equalização de cada instrumento

Equalizar um instrumento serve para basicamente duas coisas:
  • Acentuar a função do instrumento na música, dando destaque à faixa de frequência que ele deve ocupar.
  • Tirar o destaque das frequências que o instrumento não deve ocupar.
A melhor forma de acentuar uma faixa de frequência é diminuir o volume das outras faixas. O ouvido humano se agrada mais com a ausência do que com o excesso. 

Não corte simplesmente as frequências que o instrumento não deve ocupar. Isso pode prejudicar o caráter do som. Deixe-as num volume que não afete o destaque dos outros instrumentos, simplesmente. 

#3 Destaque as batidas com compressão paralela

Ao invés de aumentar o volume das suas batidas de forma que elas fiquem estouradas, mande as a um canal paralelo e aplique compressão. Esse canal com a compressão será responsável pelo encorpar da batida e o canal sem a compressão dará a dinâmica. 

#4 Não esqueça do balanço (panning) de cada canal

Da mesma forma que cada instrumento deve ter um lugar no espectro de frequências da sua música, o som stereo pede que cada instrumento ocupe seu lugar no espaço sonoro. Para isso é importante garantir que:

  • O essencial da batida, principalmente o kick, seja mono. Dessa forma, ocupará o centro do espaço sonoro. 
  • Efeitos que interferem no espaço sonoro, como o reverb e o delay, estejam coordenados em cada instrumento. 

#5 Pequenos ajustes constroem um grande som

Mantenha seus ajustes pequenos, no essencial. A combinação desses pequenos ajustes é o que garante a boa qualidade do som final, que deve ser orgânico. 

Tentar resolver seus problemas com um efeito milagroso (limitadores, compressores multibanda, etc.) pode deixar seu som artificial e sem dinâmica. 

#6 O volume final deve ser baixo

O que se busca numa mixagem é o preenchimento de todas as faixas de frequência, o que quer dizer um som encorpado e rico. Isso é muito diferente de um alto nível de decibéis, o que você deve evitar a todo custo. 

Procure deixar o volume no canal master ter seu pico em até 75% da faixa aceitável (sem clipar). Isso dá espaço para o trabalho de masterização. 

Uma boa música comove mesmo com o volume baixo!

Acho que por enquanto é só! Por favor, comentem caso tenham dúvidas, ou coisas a acrescentar!!